quinta-feira, 20 de maio de 2010

um povo sem voz às margens de um rio sem lei

Idealizado desde o final da década de 70, o projeto da construção da UHE de Belo Monte é mais uma mostra de que o desenvolvimento irresponsável, para alimentar interesses de uma minoria, não respeita o meio ambiente e as vozes dos que são diretamente afetados.
O rio Xingu, onde se deseja implantar as barragens que servirão à usina, não é somente um patrimônio ambiental, mas é um símbolo, é parte da cultura indígena que se estabelece ali. O Estado finge se importar com o que eles têm a falar, mas suas línguas não o parecem familiar, seus choros de desespero não os sensibiliza e suas armas em protesto são tão inofensivas que o Estado nem as leva em consideração.
Lembro-me do imperialismo do final do século 19, onde os “Estados desenvolvidos” não abriram mão de seu poder e usaram suas artimanhas para esvaziarem as riquezas das terras dominadas, sem considerar que ali existiam povos e culturas que dependiam e que até hoje sofrem com a falta desses recursos.
Os indígenas, e também os ribeirinhos das margens do rio Xingu, estão prestes a serem vítimas de um neo-imperialismo, de um novo “roubo histórico”, de uma nova insensibilidade daqueles que detêm o poder. Serão ignorados, apesar de terem razão. serão expulsos, apesar de terem direito da posse. Serão esquecidos, quando deveriam ser os primeiros lembrados...

sábado, 15 de maio de 2010

amor, traição e morte no rio de janeiro

Um crime passional culminou na morte de duas pessoas nesta sexta-feira no bairro do Botafogo, no rio de janeiro.
Um homem de 29 anos, identificado como Vilela, assassinou, a tiros, a esposa, Rita, e seu amante, Camilo, após saber da traição que durava há tempos. O interessante é que tudo foi planejado friamente.
Após prestar depoimento na delegacia local, Vilela disse que já desconfiava que vinha sendo traído, mas que só constatou de fato quando se aproximou de uma certa cartomante, que sabia do caso e cobrou dinheiro à ele para se tornar seu cúmplice.


O assassino revelou que o que mais o irritou foi que o amante era aquele a quem considerava seu melhor amigo, com quem crescera junto e depositava total confiança. Vilela contou friamente, e com detalhes, como planejou sua vingança.
“quando tive total certeza, atirei em minha esposa e a matei. Para o Camilo enviei um bilhete pedindo para vir a minha casa, sem tom de ameaça, sem que ele pudesse se sentir amedrontado. Quando chegou nem falei nada, abri a porta e com dois tiros o matei.”
Vilela foi preso por duplo homicídio, mas disse não estar arrependido pelo que fez e que irá para a cadeia sem remorsos.



a casa onde tudo aconteceu





veja no link abaixo simulação detalhada do crime
http://www.youtube.com/watch?v=za8I74wQdzA